FIQ

Duvido que você vá ter saco pra ler isso tudo, mas é legal e vou postar mesmo assim.

Esse ano tem o FIQ-BH Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. Evento que acontece a cada dois anos, teve sua última edição em 2007 mas infelizmente não pudemos ir. Fomos no anterior, o de 2005 que garantiu uma experiência mais do que memorável, por isso já estou empolgado com certa antecedência pela edição 2009 do evento. Estaremos lá pois vamos lançar MUITA coisa nova até lá e inclusive no próprio evento.

O aquecimento e planejamento já começou, por isso vou começar com um post longo, republicando meu relato da experiência de 4 anos atrás quando eu e o Rodrigo concluímos o Chuva Contra o Vento no FIQ 2005.

Segue abaixo, se você tiver paciência. (É legal, faz um enforço vai...=P)

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Outubro de 2005

Eu tava aqui nesse exato instante lendo meu relato sobre o Fanzine Expo que aconteceu no começo desse ano, destaco particularmente este trecho: "Bom, pra começar, os números: 50 zines vendidos nos 3 dias de evento, mais do que a média que segundo os organizadores é de 30, ou seja, 10 pra cada dia...mas enfim...."

Ok...farei algo semelhante aqui.

Bom, pra começar, os números: 215 zines vendidos em um único dia de evento, mais 28 no nosso segundo dia, e não passou disso simplesmente por que não tinha mais zines pra vender...sim, estou falando do:

IV FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos (Belo Horizonte/MG)

ESSE SIM valeu a pena.

Com o sentimento de "garotinhos crescidinhos" depois de bombásticos 50 zines vendidos num maldito festival de anime achamos que poderíamos encarar uma viagem de 8 horas e meia até Belo Horizonte para dois dias no FIQ (sábado e domingo).

Ao contrário da maré de azar que nos assolou aquele pseudo-evento, este correu tudo bem do início até o fim, rendendo dois dos dias mais memoráveis de nossas vidas, pode parecer exagero para os mais veteranos, mas para nós não, principalmente por que excedeu e MUITO nossas expectativas e os frutos colhidos são de um valor imenso.

Ok, vamos começar do começo...

Antes de mais nada, a primeira coisa que nos ocorreu foi que o FIQ definitivamente não seria como o Anime Dreams (apesar de um tímido concurso de cosplay), sendo assim deveríamos ter mais cópias do zine para vender por lá, para a nossa sorte conseguimos um "patrocínio" que nos rendeu 350 cópias na faixa, e o melhor de tudo é que finalmente estaríamos em um evento com nossa série concluída.

Com a ajuda de mães, irmãs e quem mais quisesse, os 350 filhotes foram devidamente grampeados e dobrados dois dias antes da nossa viagem e tudo estava correndo bem. Certo, aqui viria a parte do "porém...", mas pra nossa felicidade não houveram "poréns" e tudo correu bem até nossa partida, saímos da estação Santa Cruz por volta das 22:30 para pegar nosso Cometão das 23:15. Passando pela estação Armênia um sujeito me chama a atenção, eu tinha certeza que já havia visto esse rapaz antes em algum lugar, e talvez incomodado com meu olhar de interrogação ele se aproxima de nós e pergunta : "Vocês têm o novo Chuva Contra o Vento?", minhas interrogações se multiplicaram absurdamente, ele dizia empolgado que adorava nossa história e que ia ansioso até a Comix ver se tinha chegado uma nova edição, demos pra ele os números 6 e 7 pois ele já tinha até o 5, foi aí que me deu um estalo, esse cara era o Thiago que estava com o Marko Ajdaric no Fanzine Expo do Anime Dreams, mas como já estávamos chegando ao nosso destino saímos correndo agradecendo às pressas o interesse pela nossa história e chegamos na estação Tietê.

Tudo correndo muito bem é claro, adentramos a rodoviária faltando cerca de quinze minutos pras 23, ou seja, tempo suficiente para uma "zoiadinha" na banca de jornal e um lanchinho antes de pegar nosso Halley. Antes de descer para a plataforma, dei uma última checada nos banquinhos em frente à banca, pois deixei um aviso em algumas comunidades no Orkut dizendo para nos encontrar ali os interessados em nos acompanhar na viagem, como não vi ninguém por lá, seguimos até a plataforma. Chegamos, apresentamos nossa passagem, "boa viagem e tal", estávamos já dentro do ônibus, com ar condicionado, bancos reclináveis e incrivelmente espaçoso, muito além do que eu esperava, é...não tinha
mais volta.

Como esperado, as 8 e tantas horas começaram a correr, quadrinhos lidos, bolachas comidas, duas paradas na estrada e etc... Em algum ponto desse período eu me lembro do Rodrigo dizer: "Acho que ouvi alguém dizer 'fanzine' aqui." Considerando o comentário como vindo de alguém que tinha ouvido barulho de galinhas dentro do ônibus, não dei importância para o fato.

Nossa "Tour Mineira" estava começando a tomar forma, o sol nascendo indicava um avanço considerável no nosso trajeto e quando menos esperado, estávamos descendo na rodoviária de Belo Horizonte...

"Casa do conde - Casa de quem?!?"

Como bons turistas perdidos procuramos o primeiro balcão de informações que encontramos, tudo que sabíamos sobre o local do evento era o nome do lugar, a "Casa do Conde", para nossa surpresa ninguém sabia do que se trava a casa de um tal de conde, tudo o que a atendente desse primeiro balcão sabia era que um sujeito havia acabado de perguntar onde ficava este mesmo lugar, e depois de uma olhada no guia nos passou umas indicações complicadíssimas sobre como chegar no ponto que passava o ônibus pro evento.

Bom, seguimos confusos a tal indicação e depois de um leve perdido, conseguimos achar o ponto, como estávamos bem adiantados, não foi prejuízo algum, não era nem 8 horas da manhã quando o ônibus chegou. Perguntei ao motorista só por desencargo de consciência: "passa pela Casa do Conde?" a resposta nada animadora foi "sei não, sô...". Mas como tinha uma senhora muito atenciosa sentada na primeira poltrona, nossa dúvida foi sanada, nem sequer precisaríamos tomar o ônibus, segundo ela bastava descer uma rua adiante e seguir reto até nosso destino, agradecemos e tomamos nosso rumo.

Ok, aqui entra uma descrição básica de como são as ruas de BH, elas basicamente possuem cerca de 100 metros com um nome, depois disso ela se "dissolve" em trocentas outras ruas, pois bem, é CLARO que nos perdemos novamente, acabamos numa praça enorme com um casarão também enorme que se eu nao me engano era algum museu. Pelo nível da região e das construções, algo me dizia que estávamos perto, porém, os nobres e super informados cidadãos daquela cidade nem faziam idéia do que se tratava a maldita casa do conde, um sujeito nos indicou um caminho que ia pra dentro daquelas trocentas ruas, mesmo desconfiados, paramos para atravessar a avenida, e nisso passa uma moça de camiseta laranja com os dizeres "Casa dos Quadrinhos", e ao contrário da indicação do bom mineiro, ela estava seguindo um caminho BEM diferente do nosso. É claro que ela tava indo pro FIQ, só perguntamos pra ela pra ter certeza, e acompanhamos a moça até as portas da tão complicada Casa do Conde. Nem tava aberto ainda.

E aqui começa tudo...

Acho que esperamos quase uma hora do lado de fora esperando os portões abrirem, enquanto esperávamos, pessoas começavam a chegar para o evento também, o que era a nossa deixa parar começarmos nossas vendas. De todas as pessoas que oferecemos fanzine, TODAS compraram, o que nos deu um ânimo ainda maior.

A primeira coisa que eu fiz dentro do FIQ foi comer por que eu já tava morto de fome, só tinha comido uma coxinha horrível em uma das paradas do ônibus. Essa foi a parte do reconhecimento do terreno, ficamos um tempo sentados na mesinha, mesmo por que não tinha ninguém no evento além daqueles que já haviam comprado o fanzine na porta, demos uma organizada nas revistas, andamos um pouquinho, vimos as exposições e checamos os horários das palestras, a essa altura eu já tinha perdido todo o meu pique, as 8 horas de viagem começaram a pesar e tendo em vista que tinha pouca gente ainda, a coisa piorou um bocado.

Mas nada que não passasse rapidamente, as pessoas começaram a aparecer, nossas vendas começaram a aparecer e o clima voltou ao mesmo ânimo de antes.

Lá pelo meio dia mais ou menos chegam os gêmeos dos 10 Pãezinhos, o Fábio Moon e Gabriel Bá, acompanhados do Samuel Casal e uns outros caras que se eu não me engano participavam da organização, até vendi os 7 Chuva pra um dos caras...Trocamos uma idéia rápida com os caras, demos os número 6 e 7 que faltava na coleção deles e voltamos a caçada. Dali em diante a gente nunca vendeu tanto fanzine na nossa vida, a gente parava todo mundo, gente curiosa no estande da Quase, grupos de turistas lá da putaquipariu e vários outros fanzineiros, arranjamos materiais bem bacanas desse pessoal em troca do nosso, destaque pra revista Voodoo que teve resenha na Wizard um tempo depois e claro, a própria Quase que tinha um estande cheio de malucos.

Antes uma breve descrição do local. Dá pra dividir aquele espaço em 3 áreas, a parte aberta com mesinhas e barracas de comida (a maior parte do local), o casarão onde tinham as exposições e uma espécie de galpão onde tinham uns estandes de escolas de desenho, revistas (o da Quase, por exemplo) e claro, o espaço das palestras. A maior parte das nossas vendas nesse período do dia se deram nesse galpão, e ao sairmos pra relaxar um pouco aparece o Sidney, um cara que eu tinha trocado uma idéia no Orkut mas nos desencontramos no tietê, ali conhecemos um grande amigo nosso, e aproveitando a sequência, os dois "nóia" do Fio Fó, André e Rodrigo, Fio Fó é o "fanzine-folder" deles que custa 20 centavos (ve os links no meu blog q tem um pro deles e vê lá como faz pra comprar). Esses dois figura eram aqueles estranhos que foram no ônibus com a gente e nem imaginávamos, no fim das contas o rodrigo ouviu mesmo alguém dizer "fanzine" durante a viagem. Os dois estavam lá com os zines deles, umas tranqueiras da Tarja Preta e além é claro das próprias edições do tarja, acho que eles viraram uma especie de representantes da revista enquanto o Matias Maxx não aparecia em decorrência de uma provável ressaca.

Lá pela noite ele apareceu junto com o Allan Sieber e pouco antes apereceram também o pessoal da Mosh!, gente fina como sempre trocamos uma idéia breve enquanto conversavamos com uma "mineira que falava mineiro" (não se entendia uma virgula do que ela dizia, mas simpatica anyway). No fim do dia já tínhamos vendido mais uns vários fanzines, vimos a palestra dos gêmeos, trocamos uma idéia com o Sidney Gusman e o Rodrigo decidiu ir pra balada com o povo da Mosh!, como meu estado não era propício a qualquer coisa além de querer uma cama, achei melhor não ir. E foi aí que veio a grande complicação do dia, ONDE dormir? saímos pesquisando dentre os irmãos turistas pra saber onde eles estavam ficando, uns indicavam hotéis, albergues e coisas do tipo. No fim decidimos ver qual era a desse albergue, andamos até lá mas sei lá, achamos melhor pesquisar outros lugares e voltaríamos se fosse o caso. Por sorte ao voltar pro FIQ já quase sem esperança e já quase 10 da noite, eis que "surge" o Hotel Macedo bem em frente aquela praça do museu, bem pertinho do FIQ, era agora ou nunca e fomos ver qual era a da espelunca.

Pra nossa surpresa, ao contrário da aparência exterior da parada, não se tratava de uma espelunca, não, era um lugar limpinho, bem cuidado, confortável e melhor de tudo, barato, funcionários atenciosos e tudo mais. Beleza, era ali mesmo, pegamos nosso quarto, guardamos nossas coisas e voltamos pros ultimos momentos do primeiro dia nosso no FIQ. Lá, vendemos mais uns poucos fanzines, conversamos mais com o pessoal da Mosh! e beleza, era hora de ir, o Rodrigo se mandou com os caras sei lá pra onde e eu e o Sidney fomos pro hotel, eu precisava dormir urgentemente. Antes de deitar dei uma olhada nas aquisições do dia, vi uns fanzines bem bacanas, a Mosh! nova e o Front 10 que comprei por lá mesmo pro Fábio Moon assinar pra mim. E assim foi o primeiro dia no Festival Internacional De Quadrinhos de Belo Horizonte.

Dia 2 -

O segundo dia foi o dia do "turismo". Acordei umas 4 e pouco da manhã com uma batucada esquisitissima na porta do quarto, como tava no milésimo sono, nem processei direito aquela informação e abri a porta no instinto mesmo, por sorte era o Rodrigo chegando da "night" com os "rapá manêro" da Mosh!, ainda bem que não era ladrão. Voltei a dormir. Só fui acordar lá pelas 8 pouco e como o Rodrigo tinha chegado tarde, não quis ainda voltar pro FIQ, ia dormir mais um pouco, portanto fomos eu e o Sidney com os pouquissimos fanzines restantes para o evento. Mas antes, veio um passeio, já que estávamos na terra dos doces e pães de queijo, então COMO voltar pra casa sem nada disso? foi aí que decidimos dar uma volta pelo mercado central pra tomar café da manhã e trazer pra casa algum docinho "bão". O mercado é algo bastante similar ao mercadão central de São Paulo (aquele predião antigo q eu não sei o nome), mas claro que bem menor, eu gostei de lá, tinha uma variedade enorme de coisas e portanto escolhemos um lugar pra tomar o café da manhã, claro que o pãozinho de queijo não podia faltar e mandei bala em logo dois e um suco de laranja, muito muito bom, a fama é realmente merecida. De estômago cheio, era hora de achar alguma lembrança pra casa, algum pote de doce caseiro. Depois de uma circulada pelo local vi uma barraca com uns tipos diferentes de doce de leite, uma aparencia ótima e preço bastante acessível, beleza, era isso mesmo, pedi meio quilo e fomos embora. Mas antes que pudéssemos sair do local a gente viu que em todas as barracas que vendiam frutas tinha uma espécie de geladeira com pedações de abacaxi descascados a um real pra comer na hora. A aparencia tava tão boa que resolvi pegar um pedaço e de fato tava muito bom. O curioso disso é que eu nunca vi esse tipo de coisa, vender abacaxi em pedaços desse jeito, enfim, estranhezas de turista mesmo.

De volta ao FIQ após o compromisso turista do dia. Chegamos lá praticamente junto com os Fio Fó (como passaram a ser chamados desde então) e logo em seguida já vimos que o Rodrigo também tinha acabado de chegar. Como restaram pouquíssimos fanzines pra vender, fomos relaxar um pouco e no fim, foi no que se resumiu o segundo dia, o merecido descanso, vendemos os ultimos conjuntos de fanzines logo no começo do dia, o que nos deixou literalmente sem o que fazer. Bom, pra relaxar tomamos umas cervejas com os Fio Fó e o Sidney, jogando conversa fora, chorando de rir com aqueles dois figura, que aliás tinham sido assaltados na noite anterior (leia o relato no blog deles pra mais detalhes, apesar de ser algo incrivelmente chato aqueles dois deixam qualquer tragédia com cara de comédia). No meio da conversa apareceram os gêmeos novamente, o Fábio Moon foi lá na nossa mesa conversar um pouco, depois veio o irmão, mas logo saíram pra algum compromisso de convidados do evento.

Estávamos já ali no meio da tarde considerando a possibilidade de já ir embora, mas a preguiça era tanta que enrolamos o máximo que pudemos, vimos a exposição pela milésima vez, e entre cochilos na grama e conversas com mais fanzineiros, vimos que era hora de ir, juntamos nossas coisas e nos mandamos pra rodoviária. Acho que isso era mais ou menos umas cinco da tarde e ao chegarmos lá só tinha passagem pras 10 horas da noite. Ô beleza, então tá, guardamos nossas coisas nos guarda-volumes da rodoviária e novamente voltamos pro FIQ pra aproveitar as ultimas horas antes da viagem. Já avisamos os Fio Fó lá do horário do nosso ônibus e dissemos pra irem com a gente já que a passagem deles era também pra esse horário.

Nem lembro o que fizemos nessas últimas horas de evento, só sei que enrolamos bastante até a última palestra do dia sobre "Humor Engraçado" com o Allan Siber, Arnaldo Branco e Ed (Eddie, Edd..sei lá, só sei que o cara trampa na Mad). Era a palestra mais aguardada do evento, mas no fim se resumiu no seguinte: o Sieber bêbado pedindo cerveja e cigarro pra quem quer que olhasse pra ele, o Arnaldo falando pelo cotovelo frases incompletas e o Ed quase dormindo, e participação da platéia se resumia no show particular apresentado pelo Matias Maxx que já tinha passado o dia todo bebendo cerveja, portanto tava chapado e gritando toda hora xingando o Sieber e coisas do tipo. Bom, como provavelmente não ia rolar nada além daquilo, nos mandamos pra rodoviária, mesmo por que já tava quase na hora mesmo. A volta pra rodoviária foi a parte mais hilária, os Fio Fó xingando quem quer que passasse dizendo coisas do tipo "Nunca mais volto nessa cidade!!" ou então "Sabe alguma piada de mineiro?".

Bom, depois de toda essa aventura, era chegada a hora de pular no ônibus e voltar pra São Paulo, a verdadeira cidade maravilhosa que em pouquíssimo tempo já tava dando uma puta saudade.

Balanço: foi bom, divertido, conhecemos ótimas pessoas, vendemos fanzine PRA CAR@*&% e saímos na Wizard de novo. Mas também foi cansativo, viagem longa, longas caminhadas atrás de hotel e alguns problemas de organização do evento, poderia ser bem melhor, mas já tava de bom tamanho, foi o suficiente pra deixar a certeza de que em 2007 com toda certeza estaremos lá novamente. (MENTIRA!)

Adendo de 2009: Até hoje colaboro com o Pablo Casado em vários projetos mas NUNCA nos encontramos pessoalmente. Essas colaborações começaram justamente em 2005 e nós dois fomos ao FIQ. O engraçado é que nos dois dias de evento, NÃO conseguimos nos encontrar. Vi um pessoal do grupo dele e perguntei dele, mas fui embora sem encontrar o dito cujo. 2009 finalmente vamos tomar aquela cerveja planejada à 4 anos.

1 Responses to “FIQ”

  1. # Blogger Bettina Barros

    Bom,
    achei interessante a revista "Eterno" e gostaria de saber como faço pra ler.

    Obrigada.  

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