Depois de muito tempo, aqui estou pra dar algum sinal de vida e mostrar algumas coisinhas novas que estão por vir.
As 10 páginas com prazo ignorante estão prontas, terminei bem no dia certo, mas resolvendo coisinhas aqui e ali não pude atualizar pra dar mais detalhes.
As primeiras imagens que ilustram esse post, são dessas 10 páginas, 10 páginas contando uma história com um fundo de realismo fantástico situado na segunda guerra mundial.
O roteiro é do Rodrigo e é a primeira de uma série de aproximadamente 5 que se depender do andar da carruagem pode virar um álbum de contos, todos seguindo essa temática do frio como pano de fundo e mostrando pessoas diferentes em diferentes épocas.
Nesse primeiro conto, um soldado escreve uma carta para a mãe contando como vão as coisas e sempre com a esperança de sobreviver àquilo que não aguenta mais passar. Não é um soldado comum, ele não está lá para atirar nos outros e sim para ser útil aos que não aguentam o tranco e acabam se ferindo demais.
Mas como esse não é o mundo real, não são apenas seres humanos que cruzam o seu caminho, algumas criaturas esquisitas precisam sair do seu caminho, tais como esqueletos, dragões, fadas que ajudam a curar os feridos e coisas assim.
É um tanto quanto bizarro na verdade, mas bem divertido, gostei da experiência de mudar o repertório um pouco, sair daquela coisa de adolescentes apaixonados e problemáticos e chutar o balde.
Desenhar esqueletos, pessoas sem perna, fadas e dragões é mesmo bastante divertido.
Mas como não podia deixar de ser, ainda temos um projetinho em andamento que atééé tem um pouquinho a ver com o que a gente vem fazendo desde o início, a diferença dessa vez é que rola no meio da trama um conflito mais cabeludo que envolve seres imortais com poder suficiente pra colocar em risco todo um planeta.
Desse trecho em diante, eu mostro em primeira mão cenas da primeira parte da nossa nova série Eterno.
Nós já elaboramos uma "pré-estréia" para esse trabalho que foi publicada no segundo número da Garagem Hermética, foi um prólogo que estabeleceu um pouquinho do que está por vir e nos apresentou seu protagonista, o Renato que aparece aqui em "caras e bocas" dignas dos nossos adolescentes em conflito.
O prólogo foi feito há um ano mas só agora viu a luz do dia por que até então eu não sabia o que fazer com ele, são só 4 páginas e não valia a pena torrar uma grana num fanzininho minusculo de apenas 4 páginas, então ficou engavetado até rolar essa oportunidade.
Eu sou péssimo pra escrever qualquer coisa, principalmente contar histórias, então vou colocar aqui um texto do próprio Rodrigo:
ETERNO
"Então, algo sobre Eterno.
Eterno é uma pontinha de um iceberg que eu tenho a dizer sobre a relação entre homem e Deus.
É também sobre a importância da nossa vida e exatamente o que faz ela ser importante.
É sobre querer estar além do mundo, além da pequenez da vida e ao mesmo tempo dentro de uma caixinha menor ainda que é tão enorme vista de dentro que são nossas vidas particulares.
Eterno tem suas habituais referências a cultura pop, sua filosofia de boteco, suas ingenuidades amorosas e a crença de que existe alguém em algum lugar do universo que é mais importante que o universo em si.
Tem algo sobre criador e criatura também.
Sobre a relação do perfeito com o imperfeito.
Sobre o desinteresse de Deus.
-
Acho que Eterno é sobre nossa própria ambição em querer ser um tanto hiperbólico sem perder contato com a realidade.
É pra ser "alternativo" em muitos aspectos sem perder aqueles tantos outros aspectos "mainstream" que deram o primeiro formato a nossa visão sobre quadrinhos.
Então a nossa relação com ele lida com a mesma dualidade do personagem, sobre como ser incrível e comum ao mesmo tempo, algo como "punk pop" se o titulo já não tivesse sido roubado pelos clones toscos do green day."
Ouvindo: Maxïmo Park - Books From Boxes
As 10 páginas com prazo ignorante estão prontas, terminei bem no dia certo, mas resolvendo coisinhas aqui e ali não pude atualizar pra dar mais detalhes.
As primeiras imagens que ilustram esse post, são dessas 10 páginas, 10 páginas contando uma história com um fundo de realismo fantástico situado na segunda guerra mundial.
O roteiro é do Rodrigo e é a primeira de uma série de aproximadamente 5 que se depender do andar da carruagem pode virar um álbum de contos, todos seguindo essa temática do frio como pano de fundo e mostrando pessoas diferentes em diferentes épocas.
Nesse primeiro conto, um soldado escreve uma carta para a mãe contando como vão as coisas e sempre com a esperança de sobreviver àquilo que não aguenta mais passar. Não é um soldado comum, ele não está lá para atirar nos outros e sim para ser útil aos que não aguentam o tranco e acabam se ferindo demais.
Mas como esse não é o mundo real, não são apenas seres humanos que cruzam o seu caminho, algumas criaturas esquisitas precisam sair do seu caminho, tais como esqueletos, dragões, fadas que ajudam a curar os feridos e coisas assim.
É um tanto quanto bizarro na verdade, mas bem divertido, gostei da experiência de mudar o repertório um pouco, sair daquela coisa de adolescentes apaixonados e problemáticos e chutar o balde.
Desenhar esqueletos, pessoas sem perna, fadas e dragões é mesmo bastante divertido.
Mas como não podia deixar de ser, ainda temos um projetinho em andamento que atééé tem um pouquinho a ver com o que a gente vem fazendo desde o início, a diferença dessa vez é que rola no meio da trama um conflito mais cabeludo que envolve seres imortais com poder suficiente pra colocar em risco todo um planeta.
Desse trecho em diante, eu mostro em primeira mão cenas da primeira parte da nossa nova série Eterno.
Nós já elaboramos uma "pré-estréia" para esse trabalho que foi publicada no segundo número da Garagem Hermética, foi um prólogo que estabeleceu um pouquinho do que está por vir e nos apresentou seu protagonista, o Renato que aparece aqui em "caras e bocas" dignas dos nossos adolescentes em conflito.
O prólogo foi feito há um ano mas só agora viu a luz do dia por que até então eu não sabia o que fazer com ele, são só 4 páginas e não valia a pena torrar uma grana num fanzininho minusculo de apenas 4 páginas, então ficou engavetado até rolar essa oportunidade.
Eu sou péssimo pra escrever qualquer coisa, principalmente contar histórias, então vou colocar aqui um texto do próprio Rodrigo:
ETERNO
"Então, algo sobre Eterno.
Eterno é uma pontinha de um iceberg que eu tenho a dizer sobre a relação entre homem e Deus.
É também sobre a importância da nossa vida e exatamente o que faz ela ser importante.
É sobre querer estar além do mundo, além da pequenez da vida e ao mesmo tempo dentro de uma caixinha menor ainda que é tão enorme vista de dentro que são nossas vidas particulares.
Eterno tem suas habituais referências a cultura pop, sua filosofia de boteco, suas ingenuidades amorosas e a crença de que existe alguém em algum lugar do universo que é mais importante que o universo em si.
Tem algo sobre criador e criatura também.
Sobre a relação do perfeito com o imperfeito.
Sobre o desinteresse de Deus.
-
Acho que Eterno é sobre nossa própria ambição em querer ser um tanto hiperbólico sem perder contato com a realidade.
É pra ser "alternativo" em muitos aspectos sem perder aqueles tantos outros aspectos "mainstream" que deram o primeiro formato a nossa visão sobre quadrinhos.
Então a nossa relação com ele lida com a mesma dualidade do personagem, sobre como ser incrível e comum ao mesmo tempo, algo como "punk pop" se o titulo já não tivesse sido roubado pelos clones toscos do green day."
Ouvindo: Maxïmo Park - Books From Boxes
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